Ausencia de Desejo, porque acontece?
A causa das coisas
A ausência de desejo pode ser motivada por vários factores, como aspectos de ordem psicológica ou relacional, experiências sexuais traumáticas, baixa
auto-estima ou imagem corporal negativa, stress, problemas de relacionamento no casal ou simplesmente rotina.
A nível orgânico, existem ainda alterações que podem afectar o desejo sexual. Aqui as grandes responsáveis são as hormonas, nomeadamente o desequilíbrio de estrogénio, aumento de prolactina ou, no caso masculino, valores baixos de testosterona.
O sexo feminino está sujeito a mais alterações hormonais, logo mais susceptível de sentir falta de desejo sexual, sobretudo em fases específicas como o período pós-parto ou a menopausa. Caso a falta de desejo se prolongue, é aconselhável recorrer a um sexólogo que, em conjunto com o casal, poderá analisar a possível origem do problema e encontrar a melhor solução. Do ponto de vista médico, existem vários tratamentos, desde a terapia sexual ou conjugal à farmacologia.
Vida saudável
Embora esteja no topo do ranking de antídotos de prazer, o stress não é o único inimigo de uma vida sexual satisfatória. Os hábitos alimentares pouco saudáveis como as refeições pesadas à noite, o consumo de bebidas alcoólicas ou drogas podem interferir na libido.
Sabe-se também que a toma de medicação específica, como os anti-depressivos ou fármacos usados no tratamento da hipertensão, pode originar a diminuição de desejo sexual.
Seguir um ritmo de vida saudável, marcado por uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e fruta, e uma rotina pouco sedentária, pode trazer benefícios não só para a sua saúde como para o seu desempenho sexual.
Exemplo disso é o exercício físico, também altamente benéfico do ponto de vista sexual, pois além de melhorar a tonicidade e resistência física, contribui para um aumento da auto-estima e melhoria da imagem corporal e mantém os níveis de stress sob controle.
Sabe-se que a prática desportiva é responsável pelo aumento dos níveis de serotonina no cérebro, uma hormona associada à felicidade.
Tempo útil
O ritmo actual, em que cada tarefa é cronometrada ao segundo, não deixa disponibilidade temporal nem mental para despertar para o amor. Mas existem formas de contornar o problema. Uma delas consiste em instituir um ritual relaxante ao final do dia.
Antes de mais, restrinja as questões de trabalho ao tapete que está à porta de casa ou a uma breve conversa, sem direito a prolongamento.
É vital abrandar o ritmo e preparar-se para usufruir da companhia de quem mais gosta. Um banho relaxante, uma boa música (em vez da televisão) e, caso tenha filhos, partilhar as tarefas familiares (para sobrar sempre tempo para os dois) são algumas estratégias a adoptar.
Outra, mais pragmática ainda, consiste em marcar na agenda os momentos de exclusividade com o seu parceiro. Um almoço juntos, uma ida ao cinema ou um serão a dois no sofá (com a televisão desligada) ajudam a restaurar um hábito que, por vezes, parece pertencer ao passado: namorar.
Para evitar que este plano se torne uma obrigação, inclua o factor surpresa, definindo quem terá de programar a actividade.